
O candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque, disse hoje, durante sabatina no Grupo Estado, que igualará os salários dos professores do ensino fundamental de 1.ª a 4.ª série de todo o País cumprindo o que a Constituição estabelece, que é um investimento de 18%. Ele questionou por que equacionar os salários dos professores é tão polêmico, enquanto igualar salários de funcionários da Infraero, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e do Exército não causa discussões. "Por que fazemos tudo pelos outros setores e nada pela educação?"
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Para ele, a educação é tão importante quanto a economia e merece a mesma atenção. Segundo seus cálculos, para que os professores de 1.ª a 4.ª série de todo o País ganhassem R$ 1 mil, o gasto anual seria de R$ 7 bilhões. O processo de seu projeto para a melhoria de educação levaria 15 anos. Segundo ele, ao final deste período, o Brasil teria educação do nível de qualidade da Coréia do Sul.
Segundo ele, com a Desvinculação das Receitas da União (DRU), o governo "rouba" R$ 6,4 bilhões da educação. Ele citou ainda que o aumento de salário dos funcionários públicos custou R$ 5 bilhões ao governo, e a Petrobras conseguiu, com seu fundo de pensão, R$ 9 bilhões. Cristovam ressaltou que o dinheiro existe e está sendo gasto, mas destacou que cumprirá a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Cristovam sugeriu que o governo diminua os custos de publicidade, faça cortes no Congresso e na Justiça, doe parte dos lucros das estatais e faça renúncias fiscais para investir em educação. Disse ser o melhor investimento e afirmou estar preparado para ser um estadista da educação, mas admitiu que, para isso, precisa de votos. "Estadista só vira estadista quando tem sucesso na política. Quando não tem, ele é um pregador, ideólogo, um professor. Estou contente em ser professor e ideólogo, mas eu quero voto. Quero ser esse estadista."
Cristovam disse que o custo que o País pagaria por não investir em educação é mais alto. Para ilustrar a situação, ele comparou uma pessoa com Ensino Médio, trabalhando por 35 anos, contribuindo com o pagamento de impostos, com uma pessoa apenas com o Ensino Fundamental, dependendo por 35 anos do Bolsa-Família.
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