
Marinho empossa Lupi hoje, terça-feira, na pasta do Trabalho. Ao empossar o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, no Ministério do Trabalho, juntamente com outros quatro novos ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou nominalmente Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, sob aplausos da platéia que lotava o auditório do Palácio do Planalto, em parte formada por filiados do PDT, destacando que não esquecia das vezes que se aliou a Brizola.
Lula citou a campanha das Diretas, a da redemocratização do Brasil e os apoios que recebeu de Brizola no segundo turno das eleições de 1989; na eleição de 1998, quando Brizola foi seu vice; e no segundo turno das eleições presidenciais de 2002.
— A vinda do PDT para o governo não tem nenhuma novidade. O PDT está voltando para onde nunca deveria ter saído - do nosso lado, do governo.
Lula referiu-se também ao fato de Lupi estar assumindo a pasta do Trabalho e não a da Previdência, como inicialmente cogitado. "Certamente você teria dificuldades em alguns temas", admitiu, explicando que mudará a Previdência “sem jogar no colo dos trabalhadores o ônus da mudança”. A mudança deve ser proposta pela sociedade e não pelo governo, na sua opinião.
— Essa proposta deve ser feita por aqueles que pagam e recebem. Só assim a sociedade terá um sistema de seguridade social, mais condizente com as necessidades de nossos trabalhadores.
Sobre a participação do PDT no segundo mandato, argumentou que lidera uma coalizão e ela deve unir pessoas que estão em lados opostos. No discurso, Lula lembrou momentos de divergências que teve com o partido de Leonel Brizola e também de momentos de união.
— Companheiros, quando a gente vai construir uma coalizão, a gente não quer juntar os mesmos que nos apóiam, pois uma coalizão pressupõe estabelecer um grandeza interior capaz de estar ao lado de pessoas que até ontem falavam mau de você, na disputa política. Muita gente me dizia: Lula, você está montando um governo com pessoas que faziam muita crítica. O Geddel fazia crítica, o Lupi, fazia crítica, não sei se o Miguel Jorge fazia crítica a mim. Se fazia, não era pela frente – acrescentou, rindo.
Lula recomendou a Lupi que mantenha o diálogo com todas as centrais sindicais.
— Lupi, você conhece o movimento sindical, sabe como tratar essa gente. Quando as coisas estiverem ruim, quem estará ao seu lado é o trabalhador brasileiro, pois ele reconhece o que a gente faz. E Deus te abençoe e que o Miro não te atrapalhe - brincou no final, referindo-se ao deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).
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