
A vitória de Barack Obama é incontestável. Numa campanha eleitoral verdadeiramente fantástica, que durou quase dois anos, o agora presidente eleito demonstrou ser o mais capaz para o cargo. Inspirou milhões de americanos a envolverem-se no processo político, e só por isso, já demonstra bem o carácter revolucionário desta conquista. Não resumiu a sua vitória aos estados tradicionalmente democratas, e conquistou importantes bastiões republicanos, como o Indiana, Virgínia e Carolina do Norte.
A política só faz sentido se as pessoas sentirem que vale a pena envolverem-se, lutarem e trabalharem por ela. Obama conseguiu ter um verdadeiro exército de milhões de voluntários a trabalhar para a sua eleição. Em menor número, também John Mccain teve milhões de pessoas a colaborarem na sua campanha. E este envolvimento do cidadão comum na actividade política é um sinal da força da sociedade americana. Não são os partidos que mandam na política, mas sim as pessoas. Não os aparelhos partidários, que apenas procuram vantagens financeiras ou profissionais. Mas sim as pessoas que acreditam nos candidatos, que sem nada em troca, dedicam o seu esforço e dedicação a uma causa. Os mais de quatro milhões de americanos que contribuíram financeiramente para os candidatos são uma prova viva que ainda há pessoas que acreditam na política. E isso nos tempos cínicos em que vivemos é um indício da vitalidade da sociedade de americana.
Esta vitória de Obama foi também uma derrota daqueles que duvidaram da força e do carácter da democracia americana. O seu dinamismo reside na vontade e na perseverança dos seus cidadãos. Ao contrário do que muitos apregoaram nos últimos anos, quem escolhe os seus líderes são os eleitores, e um país que elege um presidente negro, membro de uma minoria étnica, merece todo o crédito democrático. E pergunto eu, quantas democracias ocidentais estariam preparadas para este passo?
SANDRO SANT'ANNA SEMPRE COM VOCÊ, JUNTOS POR UM BELFORD ROXO MELHOR EM 2009 !
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