
Muitos brasileiros e parlamentares temem que este ano haja um grande número de votos nulos. A análise apóia-se, inclusive, nos últimos números divulgados em pesquisas de opinião pública. Segundo pesquisa do Datafolha, publicada na última segunda-feira, 18% dos eleitores pretendem votar nulo na hora de escolher o deputado federal e 16% dizem que podem anular o voto para deputado estadual. As taxas são altas se comparadas aos apenas 2,9% de votos nulos nas eleições para deputados federais e estaduais em 2002 —o percentual foi idêntico para as duas votações. Se a intenção do eleitor for confirmada nas urnas, a nulidade dos votos deste ano será equivalente a seis vezes à registrada nas eleições passadas. Mesmo levando em conta os votos brancos para deputado federal em 2002, a soma de votos inválidos (7,6%) não chega à metade da taxa apontada pela pesquisa.Nas últimas eleições gerais, 22 milhões, 111 mil e 698 preferiram anular o voto. Os votos em branco chegaram a 28.847.376. No Estado, mais de 900 mil pessoas anularam o voto nas últimas eleições, sem contabilizar o segundo turno e mais de 340 mil eleitores votaram em branco. Para o historiador e cientista político Ricardo Arraes, pode ser que haja uma enxurrada de votos nulos nas eleições deste ano, mas também pode ser que não. “É um cenário possível, bem como é possível que tenhamos uma grande renovação no quadro político atual”, disse. Arraes deixa bem claro que votar nulo não é uma característica somente de analfabetos, ou de anarquistas, mas de pessoas que têm consciência política também. “Não advogo a favor do voto nulo, mas quem vota nulo não é que tenha falta de consciência política, pelo contrário, muitos que são conscientes politicamente, também votam nulo”, explica.Rememorando a história, em Luis Correia (PI) o número de votos nulos nas últimas eleições para prefeito foi superior ao dos candidatos à Prefeitura Municipal e, por conta disso, houve uma renovação política no município. “O voto nulo é uma forma de expressão contra o status quo estabelecido. Não é um voto inconsciente e nem inconseqüente, tem as suas conseqüências e é feito de forma consciente”, comenta. Eleitor pode confundir-se com a urna eletrônicaNestas eleições, o eleitor terá que teclar 21 vezes para completar a votação (contando a tecla ‘Confirma’ e sem levar em consideração a tecla ‘Branco’). Isso quer dizer muitos algarismos, até mesmo para quem já sabe decorado os números de todos os candidatos. Isso pode acarretar muitos votos nulos. “Na eleição de 89 para presidente, o candidato Pedreira teve uma votação considerável no município de Esperantina. Acreditava-se que o Lula (por ser o primeiro quadrinho na chapa) teria muitos votos, mas os eleitores viraram a cédula de cabeça para baixo e votaram no candidato Pedreira”, comentou Ricardo Arraes. O fato é válido para lembrar que muitas pessoas que pensam em votar branco ou nulo, podem mudar de idéia quando chegar à urna eletrônica e identificar um ou outro candidato na foto. “O importante é que as pessoas votem com consciência, seja nulo, válido ou branco. Vale salientar que o eleitor tem que analisar a história de vida do candidato, olhar o passado e ver as propostas para enfim votar conscientemente”, finalizou Arraes.
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