SÃO PAULO – Contrariando todos os institutos de pesquisa, a disputa para o Palácio do Planalto será decida no segundo turno.
Confira uma galeria de fotos da noite dos candidatos
Leia abaixo o texto
Com 97% dos votos apurados, o ministro Marco Aurélio Mello, presidente do TSE, confirmou que haverá segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
"Ainda que tivesse todos os votos, não seria alcançada a maioria absoluta e esse pleito desaguará no segundo turno", resumiu o magistrado.
Os números divulgados neste sábado mostravam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 50% dos votos e o candidato tucano Geraldo Alckmin com algo em torno de 34%.
Nem nos melhores sonhos, Geraldo Alckmin (PSDB) imaginaria chegar no final da batalha com um porcentual acima dos 40%.
No final da noite, o governo e a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já admitia a possibilidade de levar a disputa um pouco mais longe.
“Faltou pouco para Lula vencer no primeiro turno”, afirmou o ministro das Relações Institucionais Tarso Genro, acrescentando que agora poderão ser feitos vários debates, uma vez que a briga não será desigual.
"Vocês levaram a eleição para o segundo turno e o segundo turno vai mudar o Brasil", afirmou um animado Alckmin em uma entrevista coletiva.
Lula acompanhou a longa apuração das eleições deste domingo, no Palácio da Alvorada, tentando improvisar uma estratégia para a próxima etapa, que não estava nos planos e começou a se desenhar há apenas duas semanas.
"Em caso de segundo turno, vamos buscar o apoio do PDT e dos partidos que apoiaram Heloísa Helena", disse a fonte. "Boa parte dos eleitores de Heloísa é de esquerda e não seguirá com os tucanos", acrescentou.
Surpresas
A apuração do maior processo eleitoral do mundo também reservou outras surpresas. Na Bahia, contrariando todas as pesquisas e os prognósticos internos dos partidos, o ex-ministro Jaques Wagner (PT) venceu o governador Paulo Souto (PFL) e interrompeu o carlismo.
"Hoje a Bahia vai dormir feliz. Uma nuvem que pairava há 16 anos está se dissipando", afirmou Wagner numa entrevista coletiva informal, no salão de festas do edifício onde mora.
Outra surpresa veio de São Paulo, na eleição para o Senado. Pelas pesquisas, era certo que o senador Eduardo Suplicy não seria apenas eleito como coroado pelas urnas.
Mas no início da apuração ele aparecia atrás do candidato do PFL, Afif Domingues. A vitória de Suplicy foi apertada como nenhum instituto previu.
As pesquisas também falharam no resultado do Rio Grande do Sul. Os números mostravam o governador Germano Rigotto (PMDB) e Olívio Dutra (PT) iriam para o segundo turno. O humor das urnas virou e acabou dando Dutra e Yeda Crusius (PSDB).
Estados
Nos demais Estados, o resultado das eleições ficou, em maior ou menor nível, dentro do previsto.
Os destaques foram para Aécio Neves (PSDB) em Minas Gerais e Paulo Hartung (PMDB), ambos eleitos com índices acima dos 70%, e para a campanha em São Paulo, vencida por José Serra, mas com um final melancólico.
Aloizio Mercadante deu uma entrevista coletiva admitindo a derrota e lamentando o fato do suposto dossiê contra políticos tucanos ter sido negociado por assessores de sua campanha.
Ao todo, 16 Estados mais o Distrito Federal já tem governadores eleitos em primeiro turno. Em outros 10 a disputa, assim como a eleição presidencial, irá para o segundo turno.
PT, PSDB e PMDB foram os partidos que mais elegeram governadores no primeiro turno das eleições, cada um com quatro Estados.
O PT venceu a disputa no Acre, Bahia, Piauí e Sergipe. O PSDB saiu vitorioso em Alagoas, Minas Gerais, Roraima e São Paulo. E o PMDB conquistou os governos do Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Legislativo
O Senado continuará ser palco dominado pela oposição. Dos 27 senadores eleitos neste domingo, 16 podem ser considerados de oposição, mas com gradações de tom, enquanto os 11 restantes deverão seguir a orientação governamental. Isto se Lula conseguir a reeleição.
A curiosidade ficou por conta da eleição do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que ocupou a vaga da candidata à Presidência da República Heloísa Helena (Psol)
Cláusula de barreira
Partidos tradicionais como PSB, PDT, PPS, PL e PC do B não conseguiram superar a cláusula de barreira de 5% da votação em todo o País e pelo menos 2% em nove Estados, que começa a vigorar a partir desta legislatura. Os caçulas PSOL, da senadora Heloisa Helena (AL), e PRB, do vice-presidente José Alencar, tiveram desempenho pífio na disputa para a Câmara dos Deputados.
Para a Câmara, os deputados mais votados do País foram Ciro Gomes, Fernando Gabeira, Paulo Maluf, Enéas e Clodovil.
Dia de votação
O dia de votação teve quase de tudo. Os casos vão de índios que seqüestram mesários em troca de gasolina e comida até candidato que usa um jumento para chegar ao local de votação e eleitor que morre no momento do voto. Sem falar do inusitado nariz de palhaço e o eterno jeitinho contra a lei seca.
"Ainda que tivesse todos os votos, não seria alcançada a maioria absoluta e esse pleito desaguará no segundo turno", resumiu o magistrado.
Os números divulgados neste sábado mostravam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 50% dos votos e o candidato tucano Geraldo Alckmin com algo em torno de 34%.
Nem nos melhores sonhos, Geraldo Alckmin (PSDB) imaginaria chegar no final da batalha com um porcentual acima dos 40%.
No final da noite, o governo e a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já admitia a possibilidade de levar a disputa um pouco mais longe.
“Faltou pouco para Lula vencer no primeiro turno”, afirmou o ministro das Relações Institucionais Tarso Genro, acrescentando que agora poderão ser feitos vários debates, uma vez que a briga não será desigual.
"Vocês levaram a eleição para o segundo turno e o segundo turno vai mudar o Brasil", afirmou um animado Alckmin em uma entrevista coletiva.
Lula acompanhou a longa apuração das eleições deste domingo, no Palácio da Alvorada, tentando improvisar uma estratégia para a próxima etapa, que não estava nos planos e começou a se desenhar há apenas duas semanas.
"Em caso de segundo turno, vamos buscar o apoio do PDT e dos partidos que apoiaram Heloísa Helena", disse a fonte. "Boa parte dos eleitores de Heloísa é de esquerda e não seguirá com os tucanos", acrescentou.
Surpresas
A apuração do maior processo eleitoral do mundo também reservou outras surpresas. Na Bahia, contrariando todas as pesquisas e os prognósticos internos dos partidos, o ex-ministro Jaques Wagner (PT) venceu o governador Paulo Souto (PFL) e interrompeu o carlismo.
"Hoje a Bahia vai dormir feliz. Uma nuvem que pairava há 16 anos está se dissipando", afirmou Wagner numa entrevista coletiva informal, no salão de festas do edifício onde mora.
Outra surpresa veio de São Paulo, na eleição para o Senado. Pelas pesquisas, era certo que o senador Eduardo Suplicy não seria apenas eleito como coroado pelas urnas.
Mas no início da apuração ele aparecia atrás do candidato do PFL, Afif Domingues. A vitória de Suplicy foi apertada como nenhum instituto previu.
As pesquisas também falharam no resultado do Rio Grande do Sul. Os números mostravam o governador Germano Rigotto (PMDB) e Olívio Dutra (PT) iriam para o segundo turno. O humor das urnas virou e acabou dando Dutra e Yeda Crusius (PSDB).
Estados
Nos demais Estados, o resultado das eleições ficou, em maior ou menor nível, dentro do previsto.
Os destaques foram para Aécio Neves (PSDB) em Minas Gerais e Paulo Hartung (PMDB), ambos eleitos com índices acima dos 70%, e para a campanha em São Paulo, vencida por José Serra, mas com um final melancólico.
Aloizio Mercadante deu uma entrevista coletiva admitindo a derrota e lamentando o fato do suposto dossiê contra políticos tucanos ter sido negociado por assessores de sua campanha.
Ao todo, 16 Estados mais o Distrito Federal já tem governadores eleitos em primeiro turno. Em outros 10 a disputa, assim como a eleição presidencial, irá para o segundo turno.
PT, PSDB e PMDB foram os partidos que mais elegeram governadores no primeiro turno das eleições, cada um com quatro Estados.
O PT venceu a disputa no Acre, Bahia, Piauí e Sergipe. O PSDB saiu vitorioso em Alagoas, Minas Gerais, Roraima e São Paulo. E o PMDB conquistou os governos do Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Legislativo
O Senado continuará ser palco dominado pela oposição. Dos 27 senadores eleitos neste domingo, 16 podem ser considerados de oposição, mas com gradações de tom, enquanto os 11 restantes deverão seguir a orientação governamental. Isto se Lula conseguir a reeleição.
A curiosidade ficou por conta da eleição do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que ocupou a vaga da candidata à Presidência da República Heloísa Helena (Psol)
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Partidos tradicionais como PSB, PDT, PPS, PL e PC do B não conseguiram superar a cláusula de barreira de 5% da votação em todo o País e pelo menos 2% em nove Estados, que começa a vigorar a partir desta legislatura. Os caçulas PSOL, da senadora Heloisa Helena (AL), e PRB, do vice-presidente José Alencar, tiveram desempenho pífio na disputa para a Câmara dos Deputados.
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Lula achou que ia ser fácil. Cantou vitória antes da hora. Não se deve desdenhar da opinião pública nem achar que ela pode ser controlada. Lula agora serve de exemplo a qualquer outro político favorito nas intenções de voto que fugir aos debates é uma péssima idéia. Agora o país que poderá, finalmente, assistir a um debate de propostas e idéias.
ResponderExcluirUm abraço
Marco Aurélio